R$ 346,00
<p>Professores de Ortodontia são frequentemente confrontadas com perguntas ‘capciosas’, em que o interlocutor só busca saber se o/a professor (a) comunga de sua visão. Dentre as perguntas mais comuns está: “Você ensina tratamento precoce aos seus alunos?” Por experiência, sei que se a resposta vai de encontro à visão do interlocutor, uma conversa de grande acordo se segue, e que se a resposta não vai de encontro à sua visão, uma conversa de grande divergência se seguirá, de modo que prefiro responder não da maneira esperada, mas estimulando o raciocínio. Minha resposta poderia ser “Sim, ensinamos tratamento precoce e tratamento tardio e também tratamento muito precoce e muito tardio. Também realizamos tratamento de uma fase, duas fases, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, até nove fases de tratamento… ou mais, se preciso for.” Claro, esta resposta é muito desconcertante e eu sou solicitado a explicar o que quero dizer – o que fico feliz em fazê-lo. Para fornecer suporte à minha resposta, forneço vários exemplos. Um deles, falo sobre um estudo que foi realizado há muito tempo por um ex-aluno de pós-graduação chamado Greg Dyer 1 . Ele estudou duas amostras tratadas, uma de meninas adolescentes e outra semelhante de mulheres adultas e comparou os resultados dos tratamentos realizados. Uma informação importante foi obtida, no grupo de adolescentes, ele encontrou que o crescimento forneceu 70% da correção (i.e. a mandíbula superou a maxila) enquanto apenas 30% foi devido ao movimento dos dentes. Na amostra adulta, o crescimento foi nulo, ou em alguns casos a maxila superou a mandíbula e a quantidade de movimento dentário que foi necessário para corrigir a má oclusão foi de 119% – isto é, o ortodontista teve que fazer todo o trabalho, e ainda mais, para compensar o crescimento deficitário, a fim de corrigir o problema. Para mim, esta é uma ampla evidência de que é melhor tratar precocemente (como adolescente) em oposição à tardiamente (como adulto) nesta situação em particular. Este exemplo aponta para o significado da minha resposta à pergunta colocada anteriormente. Não é se eu sou tendencioso para acreditar apenas no tratamento precoce ou apenas no tratamento tardio como uma escolha única que deve ser feita, mas sim que a questão só pode ser respondida no contexto da situação que é apresentada. Neste exemplo, minha resposta seria tratar precocemente (neste caso, adolescência) quando você é confrontado com uma adolescente de Classe II; não espere até que se tornem adultas. No caso do tratamento realizado em múltiplas fases, novamente é o contexto da situação do paciente que determina o que fazer. Há uma abundância de pesquisas e experiências clínicas disponíveis que sugerem que um paciente com fenda palatina é melhor tratado precocemente e muitas vezes ao longo de muitos anos, de acordo com os muitos tipos de tratamentos que estão dispostos em muitas fases. Há também perguntas sobre quantas fases de tratamento devem estar envolvidas em um caso de cirurgia ortognática. Então, o ponto que eu estou tentando discutir é que pouco importa se um ortodontista “acredita” no tratamento precoce ou não, e faz pouca diferença se ele “acredita” em tratamentos monofásicos ou em algum outro número de fases. O que realmente importa é que o ortodontista avalie a condição que o paciente apresenta e, em seguida, aplique a melhor evidência disponível para a situação ao decidir, se, quando e como, o tratamento deve ser executado. Acreditar de outra forma sugere que o profissional possa decidir a abordagem antes mesmo de ver o paciente. Mas, adotar uma abordagem pré-fabricada raramente é a melhor opção, porque os pacientes são todos individualizados. O que se segue nas páginas a serem apresentadas é uma informação combinada (algumas antigas, mas a maioria novas) sobre genética, crescimento normal e anormal do esqueleto craniofacial e desenvolvimento da oclusão. Essas informações servirão de base para a compreensão e a determinação do momento do tratamento. Você também encontrará informações importantes sobre a construção de um diagnóstico, plano de tratamento e estimativa do prognóstico, todos com base em registros diagnósticos disponíveis produzidos por tecnologias antigas e novas. Todos os três tipos de classes de má oclusão de Angle serão considerados em termos de desenvolvimento, etiologia e tratamento; esse é o recheio desse livro. Finalmente, serão fornecidas informações sobre certos tópicos de destaque, como a biomecânica, e o que pode ser considerado “temas órfãos”, incluindo problemas relacionados à irrupção, função, estética, ausência congênita de dentes, autotransplante e hábitos. Então, em que aspectos esse livro é diferente dos livros anteriores sobre o tema do tratamento ortodôntico precoce e preventivo? Considerando os comentários feitos anteriormente neste prefácio, este livro é baseado em evidências disponíveis, não em tendência, paixão ou fé; ele pretende fazer você pensar e depois aplicar o que está comprovado. Este livro também é diferente no fato de que os autores são muito experientes cada um em suas próprias áreas, e cada um é conhecedor do valor da ciência atual e do conhecimento que a ciência gera. Aqueles leitores que estão abertos ao desenvolvimento de novas informações e novas ideias devem aproveitar e abraçar o conhecimento e a orientação aqui contidos. Para aqueles que são muito tendenciosos em seus pensamentos e ações, não tenha medo de ler este livro; ele abrirá sua mente e ajudará você a ajustar seus pensamentos e ações de forma positiva. Tenha uma boa leitura; eu penso que você vai achar que vale a pena o esforço em termos de pensamento e, em seguida, ações fundamentadas que serão benéficas para seus pacientes.<br /> Rolf G. Behrents</p>
<div class="gmail_default"><span style="font-family: trebuchet ms, sans-serif">Colaboradores</span></div> <div class="gmail_default"><span style="font-family: trebuchet ms, sans-serif"> </span></div> <div class="gmail_default"><span style="font-family: trebuchet ms, sans-serif">Prefácio à primeira edição </span></div> <div class="gmail_default"><span style="font-family: trebuchet ms, sans-serif"> </span></div> <div class="gmail_default"><span style="font-family: trebuchet ms, sans-serif">Prefácio à edição brasileira</span></div> <div class="gmail_default"><span style="font-family: trebuchet ms, sans-serif"> </span></div> <div class="gmail_default"><span style="font-family: trebuchet ms, sans-serif">1 Um guia para o momento adequado do tratamento ortodôntico</span></div> <div class="gmail_default">Eustáquio Araújo e Bernardo Q. Souki</div> <div class="gmail_default"></div> <div class="gmail_default">2 Evolução da oclusão: o que fazer e quando fazer</div> <div class="gmail_default">Bernardo Q. Souki</div> <div class="gmail_default"></div> <div class="gmail_default">3 Diagnóstico da dentadura mista: quantificando o grau de severidade da má oclusão em desenvolvimento</div> <div class="gmail_default">Eustáquio A. Araújo e Peter H. Buschang</div> <div class="gmail_default"></div> <div class="gmail_default">4 A genética da oclusão dentária e a má oclusão</div> <div class="gmail_default">Robyn Silberstein</div> <div class="gmail_default"></div> <div class="gmail_default">5 Classe I: Reconhecendo e corrigindo desvios intra-arcada</div> <div class="gmail_default"></div> <div class="gmail_default">SEÇÃO I: O desenvolvimento e etiologia da má oclusão de Classe I</div> <div class="gmail_default">Peter H. Buschang</div> <div class="gmail_default"></div> <div class="gmail_default">SEÇÃO II: Interceptando problemas de Classe I em desenvolvimento</div> <div class="gmail_default">Eustáquio Araújo</div> <div class="gmail_default"></div> <div class="gmail_default">6 Reconhecendo e corrigindo a má oclusão de Classe II</div> <div class="gmail_default"></div> <div class="gmail_default">SEÇÃO I: O desenvolvimento, características fenotípicas e etiologia da má oclusão de Classe II</div> <div class="gmail_default">Peter H. Buschang</div> <div class="gmail_default"></div> <div class="gmail_default">SEÇÃO II: Tratamento da Classe II: Problemas e soluções</div> <div class="gmail_default">Eustáquio Araújo</div> <div class="gmail_default"></div> <div class="gmail_default">7 Reconhecendo e corrigindo a má oclusão de Classe III</div> <div class="gmail_default"></div> <div class="gmail_default">SEÇÃO I: O desenvolvimento, características fenotípicas e etiologia da má oclusão de Classe III</div> <div class="gmail_default">Peter H. Buschang</div> <div class="gmail_default"></div> <div class="gmail_default">SEÇÃO II: Tratamento da Classe III: Problemas e soluções</div> <div class="gmail_default">Eustáquio Araújo</div> <div class="gmail_default"></div> <div class="gmail_default">8 Tópicos especiais</div> <div class="gmail_default"></div> <div class="gmail_default">SEÇÃO I: Controle do hábito: o papel da função no tratamento da mordida aberta</div> <div class="gmail_default">Ildeu Andrade Jr. e Eustáquio Araújo</div> <div class="gmail_default"></div> <div class="gmail_default">SEÇÃO II: Desvios de irrupção</div> <div class="gmail_default">Bernardo Q. Souki e Eustáquio Araújo</div> <div class="gmail_default"></div> <div class="gmail_default">SEÇÃO III: Estratégias para gerenciamento de segundos pré-molares ausentes em pacientes jovens</div> <div class="gmail_default">David B. Kennedy</div> <div class="gmail_default"></div> <div class="gmail_default">SEÇÃO IV: Princípios e técnicas de autotransplante de pré-molar</div> <div class="gmail_default">Ewa Monika Czochrowska e Pawel Plakwicz</div> <div class="gmail_default"></div> <div class="gmail_default">SEÇÃO V: Mecânica ortodôntica na dentadura mista</div> <div class="gmail_default">Gerald S. Samson</div> <div class="gmail_default"></div> <div class="gmail_default">Índice remissivo</div>
<div class="gmail_default"><span style="font-family: trebuchet ms, sans-serif">Colaboradores</span></div> <div class="gmail_default"><span style="font-family: trebuchet ms, sans-serif"> </span></div> <div class="gmail_default"><span style="font-family: trebuchet ms, sans-serif">Prefácio à primeira edição </span></div> <div class="gmail_default"><span style="font-family: trebuchet ms, sans-serif"> </span></div> <div class="gmail_default"><span style="font-family: trebuchet ms, sans-serif">Prefácio à edição brasileira</span></div> <div class="gmail_default"><span style="font-family: trebuchet ms, sans-serif"> </span></div> <div class="gmail_default"><span style="font-family: trebuchet ms, sans-serif">1 Um guia para o momento adequado do tratamento ortodôntico</span></div> <div class="gmail_default">Eustáquio Araújo e Bernardo Q. Souki</div> <div class="gmail_default"></div> <div class="gmail_default">2 Evolução da oclusão: o que fazer e quando fazer</div> <div class="gmail_default">Bernardo Q. Souki</div> <div class="gmail_default"></div> <div class="gmail_default">3 Diagnóstico da dentadura mista: quantificando o grau de severidade da má oclusão em desenvolvimento</div> <div class="gmail_default">Eustáquio A. Araújo e Peter H. Buschang</div> <div class="gmail_default"></div> <div class="gmail_default">4 A genética da oclusão dentária e a má oclusão</div> <div class="gmail_default">Robyn Silberstein</div> <div class="gmail_default"></div> <div class="gmail_default">5 Classe I: Reconhecendo e corrigindo desvios intra-arcada</div> <div class="gmail_default"></div> <div class="gmail_default">SEÇÃO I: O desenvolvimento e etiologia da má oclusão de Classe I</div> <div class="gmail_default">Peter H. Buschang</div> <div class="gmail_default"></div> <div class="gmail_default">SEÇÃO II: Interceptando problemas de Classe I em desenvolvimento</div> <div class="gmail_default">Eustáquio Araújo</div> <div class="gmail_default"></div> <div class="gmail_default">6 Reconhecendo e corrigindo a má oclusão de Classe II</div> <div class="gmail_default"></div> <div class="gmail_default">SEÇÃO I: O desenvolvimento, características fenotípicas e etiologia da má oclusão de Classe II</div> <div class="gmail_default">Peter H. Buschang</div> <div class="gmail_default"></div> <div class="gmail_default">SEÇÃO II: Tratamento da Classe II: Problemas e soluções</div> <div class="gmail_default">Eustáquio Araújo</div> <div class="gmail_default"></div> <div class="gmail_default">7 Reconhecendo e corrigindo a má oclusão de Classe III</div> <div class="gmail_default"></div> <div class="gmail_default">SEÇÃO I: O desenvolvimento, características fenotípicas e etiologia da má oclusão de Classe III</div> <div class="gmail_default">Peter H. Buschang</div> <div class="gmail_default"></div> <div class="gmail_default">SEÇÃO II: Tratamento da Classe III: Problemas e soluções</div> <div class="gmail_default">Eustáquio Araújo</div> <div class="gmail_default"></div> <div class="gmail_default">8 Tópicos especiais</div> <div class="gmail_default"></div> <div class="gmail_default">SEÇÃO I: Controle do hábito: o papel da função no tratamento da mordida aberta</div> <div class="gmail_default">Ildeu Andrade Jr. e Eustáquio Araújo</div> <div class="gmail_default"></div> <div class="gmail_default">SEÇÃO II: Desvios de irrupção</div> <div class="gmail_default">Bernardo Q. Souki e Eustáquio Araújo</div> <div class="gmail_default"></div> <div class="gmail_default">SEÇÃO III: Estratégias para gerenciamento de segundos pré-molares ausentes em pacientes jovens</div> <div class="gmail_default">David B. Kennedy</div> <div class="gmail_default"></div> <div class="gmail_default">SEÇÃO IV: Princípios e técnicas de autotransplante de pré-molar</div> <div class="gmail_default">Ewa Monika Czochrowska e Pawel Plakwicz</div> <div class="gmail_default"></div> <div class="gmail_default">SEÇÃO V: Mecânica ortodôntica na dentadura mista</div> <div class="gmail_default">Gerald S. Samson</div> <div class="gmail_default"></div> <div class="gmail_default">Índice remissivo</div>
É o Pete Sotiropoulos Endowed Professor of Orthodontics, Diretor Clínico de Ortodontia e Diretor Executivo Associado do Center for Advanced Dental Education na Saint Louis University em St. Louis, Missouri, EUA. Dr. Araújo é também Professor Adjunto Visitante na Kunghee University em Seoul, Coreia do Sul e na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais em Belo Horizonte, Brasil. Ele é Diplomado pelos “Boards” de Ortodontia Brasileiro (BBO) e Americano (ABO). Nos últimos 35 anos, Dr. Araújo tem dedicado sua vida ao ensino acadêmico e à prática de sua especialidade.
É Regents Professor, Peter H. Buschang Endowed Professor of Orthodontics, e o diretor de pesquisa no Department of Orthodontics na Texas A&M University Baylor College of Dentistry em Dallas, Texas, EUA. Ele tem ensinado crescimento craniofacial, adaptações de desenvolvimento para tratamentos ortodônticos e cirúrgicos, e metodologia e desenho de pesquisas para graduandos e residentes por mais de 30 anos. Dr. Buschang orientou mais de 150 alunos de Mestrado e doutorado, publicou mais de 270 artigos e capítulos de livros revisados por seus pares, e também ministrou inúmeras palestras e cursos de educação continuada. Ele é o único membro honorário da American Association of Orthodontics e da Edward H. Angle Society.
Ildeu Andrade Jr., Ewa Monika Czochrowska, David B. Kennedy, Pawel Plakwicz, Gerald S. Samson, Robyn Silberstein, Bernardo Q. Souki,